Nenhuma experiência é perdida, desde que não nos lamentemos pelos erros, enfrentemos o espelho e corrijamos as falhas

Marcelo Pardini

As pessoas só se transformam quando sofrem, quando querem mudanças ou quando receberam tanto a ponto de serem capazes de atingirem outro patamar

Marcelo Pardini


Conexão

A pandemia e seus efeitos

E, de repente, setores inteiros da economia tiveram que se transformar num curto espaço de tempo

17/06/2025 - 12:10 | Atualizado em 22/06/2025 - 17:34

A pandemia ocasionada pelo coronavírus, intensificada mundialmente a partir de março de 2020, ainda segue trazendo mudanças à humanidade, desde a maneira de nos relacionarmos até os hábitos alimentares. Agiremos como antes? Chegará um “novo tempo”? Tais reflexões têm como pano de fundo o livro “O catador de sonhos” (Ed. Gente/2015), de Geraldo Rufino. O autor, hoje um empresário de sucesso, teve todas as chances para não prosperar, tal qual a maioria absoluta do povo brasileiro. “Minha filosofia é: a gente muda o que está sob o nosso comando e aceita aquilo que não pode alterar, mas, mesmo aceitando, não perde a chance de transformar", escreveu.

O momento pelo qual atravessamos trouxe-nos a certeza de que estabilidade não existe, fazendo com que tivéssemos que nos adaptar aos novos cenários. De repente, setores inteiros da economia tiveram que se transformar num curto espaço de tempo. Muitas pessoas perderam o emprego e outras adotaram segundas ou até terceiras fontes de renda. “Quando você assume que tem responsabilidade por tudo que ocorre no seu terreno, no seu negócio, na sua vida, fica fácil resolver, achar uma saída. Só de assumir, a gente já parte para a solução, já tira o pé da lama para pisar em algo melhor. Se você entrou, você sai”, apontou Rufino, que começou a vida de empreendedor como catador de latinhas. “Gosto de pensar assim: quando nasci, não tinha problema. Aí eu respirei e, pronto, gerei um para resolver. Se eu gerei, ele veio depois de mim. Se veio depois de mim, é menor do que eu. Se é menor, tenho o comando. Se tenho o comando, não vacilo, administro a situação”.

No Brasil, temos várias possibilidades de prosperarmos. “O brasileiro é criativo, trabalhador, esperançoso, mas precisa largar o hábito de achar que, por ver os outros fazendo errado, não fará o certo. É o contrário. Faça a sua parte, dê o bom exemplo, seja fonte de inspiração aos demais”, disse o simpático empresário. “Perder o crédito temporariamente acontece com qualquer um. O que não pode acontecer, de forma nenhuma, é perder a credibilidade”. E continuou tal raciocínio ao abordar o fato de já ter “quebrado” o próprio negócio pelo menos sete vezes: “a minha credibilidade fez com que eu me levantasse novamente. A palavra, o comprometimento, o fio do bigode, não tem preço”.

Segundo Geraldo Rufino, que tem milhares de seguidores nas redes sociais, nós crescemos quando partilhamos o saber. “Ensine tudo o que puder, com humildade e simplicidade, e deixe que o copiem. Não caia na armadilha de esconder o que sabe, o que testou e funcionou, porque uma pessoa que foi ensinada faz melhor do que você, e ambos ganham”. Na referida obra, ele também abordou a importância da autoconfiança, da crença nos próprios ideais, do poder transformador em atingir as nossas metas. “Eu só penso ou absorvo o que me interessa, só o que soma. Se a notícia será boa para mim, ótimo. Foco nela. Se vai me preocupar, é ruim e vai refletir negativamente na minha vida, deleto. Faço isso com a mídia e com a conversa pesada de quem cruza os braços e só se vitimiza”. E continuou: “para perpetuar algo, valorize as pessoas. Para dar continuidade ao que você faz, melhorar seu patrimônio, ter sucessores e legado, conte com quem está ao seu redor, querendo ajudá-lo a crescer”.


Foto:

Marcelo Pardini contato@agromp.com.br

Marcelo Pardini é leiloeiro rural, narrador, pós-graduado (Mkt), poeta, cavaleiro. Titular da marca Agro MP - A voz do Agronegócio

65 colunas publicadas