Construa, transforme, tenha solidez em seus investimentos. Poupe tempo, energia e capital. Faça sacrifícios no curto prazo, para conquistas maiores e perenes lá na frente

Marcelo Pardini

Se hoje não estamos felizes com os nossos resultados, temos que rever as atitudes, reprogramar os pensamentos, mudar as crenças, afinal, as escolhas definem os caminhos

Marcelo Pardini


Meu Pet

Pet convulsionando... O que fazer?

Devemos ter em mente que a convulsão não é uma doença e, sim, um sintoma de que algo não vai bem com o seu animal de estimação

16/09/2021 - 18:28 | Atualizado em 06/10/2021 - 07:50

As convulsões são eventos provenientes de desordens neurológicas, que acontecem devido à ativação num nível mais intenso dos neurônios de regiões específicas do cérebro - córtex e subcórtex, provocando perda de consciência, rigidez muscular, tremores, quedas, ranger de dentes, salivação, micção, defecação e movimentos de pedalagem. Algumas crises convulsivas podem ser mais discretas e localizadas, fazendo com que os proprietários não interpretem tais sinais da forma correta... E é aí que mora o problema!

Faz-se necessária a identificação da causa das convulsões para que o tratamento seja efetivo. Normalmente são utilizados medicamentos anticonvulsivantes, como Diazepam e Fenobarbital. Acupuntura, mudanças de dieta e drogas que interferem nos neurotransmissores são as linhas terapêuticas mais utilizadas.

As enfermidades capazes de causar crises convulsivas são inúmeras. Problemas vasculares, como hemorragias ou quadros isquêmicos (quando o fluxo sanguíneo é interrompido), doenças inflamatórias ou infecciosas (meningites, vírus da cinomose, vírus da peritonite felina, criptococose, bactérias formando abcessos etc). Traumatismos também podem provocar crises, assim como anomalias congênitas (quando o animal já nasce com hidrocefalia, por exemplo), além de câncer, problemas degenerativos, disfunções hormonais, intoxicações, entre outras.

Quando não é possível identificar a causa desencadeante da crise convulsiva, denominamos epilepsia primária ou idiopática. Os sintomas aparecem frequentemente entre o primeiro e terceiro ano de vida, e acredita-se que tenha causa genética ou metabólica. Qualquer raça canina pode ser acometida, entretanto, a epilepsia primária é mais comum em Labrador, Golden, Bernese, Pastor Belga, Beagle e Pastor Alemão. Na maioria das vezes é difícil identificar se o animal desenvolverá os sintomas ou não. No momento em que o proprietário identifica a crise, ele deve manter a calma e agir com segurança. Nunca colocar a mão dentro da boca do pet ou tentar puxar a língua do mesmo, pois existe o risco de levar uma mordida. Há que se evitar que o animal bata a cabeça no chão ou se machuque. Normalmente as crises não duram muito tempo, mas elas podem se repetir.

O ideal é levar o pet ao veterinário o mais rápido possível para que o profissional comece a terapia anticonvulsivante e realize exames. Caso ocorram vômitos, apenas incline a cabeça do animal levemente para baixo, a fim de que ele não aspire tal líquido. Nunca tente medicar, alimentar ou fornecer leite para o animal em casa, pois os reflexos de deglutição podem estar alterados e, consequentemente, ele pode se afogar. Existe tratamento para a convulsão e, muitas vezes, até a cura. Há que se saber a causa. Uma crise convulsiva sempre deve ser investigada. Não hesite: procure o médico veterinário de sua confiança.


Foto:

Janaina Biotto contato@vilachicopethotel.com.br

A médica veterinária Janaina Biotto é especialista em Anestesia, Oncologia, Ozonioterapia e Acupuntura. Atende no Vila Chico Pet Hotel, em Botucatu/SP

27 colunas publicadas